Especial Regresso às Aulas 2016

eraE chegamos mais uma vez aquela altura do ano em que muitos de vós começam a preparar o regresso às aulas, quer seja no ensino obrigatório ou no superior. É uma altura de incerteza e de muitas dúvidas para alguns, especialmente quando se passa para o secundário ou para a universidade; e uma altura para a procurar das melhores dicas para outros. Desde 2011 que já fiz várias séries de posts sobre esta temática, tanto para o Ensino Secundário como para o Ensino Superior. Uma vez que estes posts ainda se encontram bastante actualizados, tenho vindo a optar por não escrever novos. É quase como que uma reciclagem da informação que já existe publicada neste blog.

Todos os posts que eu fiz sobre os Ensinos Secundário e Superior encontram-se numa página no cabeçalho do blog. Esta página está sob o nome de Ensino em Portugal e podem acedê-la já através deste link.

Entretanto, eu também criei uma página referente ao Ensino Superior do Reino Unido, que podem encontrá-la igualmente no cabeçalho do blog. Contudo, esta página ainda se encontra em manutenção, o que significa que ainda estou a elaborar os textos que lá irei publicar. E o motivo pelo qual ainda nada foi publicado é muito simples: o Brexit. Mas como parece que nada será decidido até ao final deste ano (x), eu talvez acabe por publicar estes textos num futuro próximo. Até lá, quaisquer dúvidas que tenham acerca deste tema, não se acanhem a colocá-las.


There is a special page dedicated to Higher Education in the United Kingdom on the header of this blog. You can access it by clicking here. However, it is still under construction, so to speak, as I have yet to publish any of the texts that I have been writing. And there’s a very simple reason for that: Brexit. But considering that it seems that nothing will be decided until the end of this year (x), I may eventually end up by publishing these texts in the near future. Until then, any doubts about this theme may be asked in the comments section of this post, or sent by e-mail (it’s on the top of the right column of the blog).

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Ensino Superior: estudar e viver fora de casa

Esta ainda não é uma tradição muito vincada em Portugal mas já começa a ser bem mais frequente nos dias de hoje. Quem vive nas, ou perto das, grandes cidades universitárias geralmente ingressa nessas instituições, e esta mudança acaba apenas por ser verificar para quem não tem uma universidade perto de si, ou para quem prefere uma instituição muito específica e que fica longe de casa. E depois temos aqueles casos de pessoal mais maluco – não me levem a mal por esta expressão que aqui é dita com o maior dos carinhos – que decide ir estudar para o estrangeiro. Como estive a estudar nos Países Baixos no ano lectivo passado, pensei que esta seria uma boa altura para abordar este tema. Estudar fora de casa tem muito que se lhe diga – especialmente quando estamos totalmente fora da nossa zona de conforto – por isso espero que este post vos possa dar umas quantas dicas para me se ambientarem a esta nova realidade.

#You’re not alone
Esta é talvez das expressões mais cliché que existem e que serve para mais de mil e uma situações, mas é também uma das melhores coisas que vos podem dizer nesta altura. Quer seja em universidades no estrangeiro – em que é bem mais comum ter-se centenas e até mesmo milhares de alunos de todos os cantos do Mundo – quer seja em universidades nacionais, o que não falta são alunos que estejam a estudar fora de casa. É certo que isto é algo de que à partida não temos conhecimento porque não andamos propriamente com o nome da nossa terra natal gravado na testa, mas o mais provável é que os vossos colegas de casa também venham de longe. A ansiedade, a incerteza, a desconfiança e o stress por estarem numa cidade (ou país também) desconhecida e completamente nova não vos afecta apenas a vocês, mas qualquer pessoa que esteja na mesma situação que vocês – ainda que cada pessoa seja como cada qual. O que eu quero dizer com isto é que literalmente vocês não estão sozinhos, e durante os primeiros dias podem-se apoiar especialmente nestas pessoas. O que me leva para o próximo ponto…

#Don’t hide away from people and life
Uma das primeiras coisas de que me apercebi quando fui estudar para os Países Baixos é que não vale a pena isolarmo-nos na nossa bolha. Aliás esta é das coisas mais prejudiciais que podemos fazer a nós próprios. Se já tiverem e souberem quem são os vossos colegas de casa, aproveitem para se conhecerem todos melhor uns aos outros, aproveitem para conhecer a cidade e o campus universitário, ou para fazerem qualquer outra actividade em grupo. E mesmo que não conheçam ninguém, façam estes pequenos passeios por conta própria. Acima de tudo o importante é que não se isolem durante os primeiros dias, porque isso só vos vai fazer sentir pior e com mais saudades de casa. Quanto mais ocupados tivermos menos tempo damos à nossa cabeça para pensar nestes problemas.

#A good cry never hurt anyone
Mas está claro, nem tudo será um mar de rosas. Com mais ou menos frequência, há momentos em que o nosso espírito estará mesmo em baixo e o melhor é mesmo não fugirmos disso. Em dias como estes, o melhor é mesmo não forçarmos muito e acabarmos por dedicarmos algum tempo a nós mesmos. Aproveitem para fazer uma saída a noite, ou passaram a tarde num museu ou centro comercial na companhia de alguém, ou passarem uma noite no cinema. Mas se preferirem passar estes momentos sozinhos, aproveitem para ver as vossas séries ou filmes favoritos, aproveitem para ouvir música ou ler. O que importa reter aqui é que, por pior que o dia vos esteja a correr, a verdade é que tudo tem uma solução. And when everything else fails…

34#Skype will be your new best friend
Uma das razões pelas quais os meus níveis de saudades de casa e da família foram baixando à medida que o tempo passava foi por causa do skype. Quer o usem todos os dias, dia sim dia não, uma vez por semana ou uma vez por mês, esta é uma óptima maneira de matarem as saudades frequentemente sem levarem ninguém à falência.

#Leaving home will be a nightmare
Isto aplica-se sobretudo a quem está a estudar no estrangeiro e vai passar as férias de Natal a casa. Se os vossos exames forem tarde no mês de Janeiro – ou se não os tiverem de todo -, acaba-se por poder prolongar as nossas férias em casa e assim habituamo-nos mais uma vez à nossa zona de conforto. E depois quando se regressa ao local onde estamos a estudar, estamos mais uma vez na estaca zero. Mas uma coisa é certa, sabendo o drama que pode ter sido da primeira vez e sabendo que tudo acabou por correr bem, esta segunda saída de casa corre muito melhor.

#But in the end we’re all different
E isto porque cada um de nós lida com as saudades de casa de modos diferentes, e porque nem todos sentimos a mesma quantidade de saudades de casa. Para quem esteja habituado a sair da sua zona de conforto, ir estudar para fora de casa, quer seja no país de origem ou mesmo no estrangeiro, pode ser uma tarefa mais fácil do que para quem não está habituado a mudanças deste género. Este tópico não é bem uma dica; é mais um pequeno comentário para algumas mentes mais pequenas, especialmente centrado nos casos em que os alunos estão a estudar no estrangeiro. Lá porque alguns podem e vão a casa várias vezes ao ano, não quer dizer que toda a gente o possa fazer. Nem toda a gente tem os mesmos recursos financeiros e alguns só conseguem ir a casa nas férias de Verão. E além do mais, chega-se a um ponto em que já estamos habituados a estar fora de casa. É que ficarmos mais meses sem irmos a casa não faz de nós pessoas insensíveis; simplesmente já estamos a cria uma segunda zona de conforto fora das nossas casas e famílias, e nem sempre vale a pena (especialmente financeiramente) ir a casa a toda a hora.

#Please follow common sense guidelines
Especialmente se partilharem uma casa ou um quarto com alguém. Para quem não tem a sorte de poder alugar ou comprar uma casita só para si, é aconselhável que se mantenham o mais civilizados que poderem. Falo por experiência própria quando digo que é chato partilhar a casa com alguém que não conhecemos, especialmente porque as pessoas têm hábitos diferentes dos nossos, e nem sempre são compatíveis com o nosso modo de vida. Algumas dicas de senso comum:
– limpem a cozinha após a terem acabado de usar; ninguém quer preparar a sua comida nem comer no meio do lixo dos outros.
– e digo o mesmo para a casa de banho; especialmente para as raparigas, porque perdemos imenso cabelo facilmente, apanhem os fios de cabelo da banheira se esta for partilhada, para além de mencionar que todos deverão manter o resto do espaço limpo.
– e, por favor, arrumem a vossa tralha que também ninguém quer andar no meio da vossas coisas só para chegarem ao outro lado da divisão, especialmente se estiverem a partilhar o quarto com outra pessoa.

#Student Residences
Sobre este tema não há muito a acrescentar, ou pelo menos eu não sei que dizer mais. Podem ler uns posts aqui e aqui sobre a minha experiência numa residência quando estive a estudar e a viver nos Países Baixos. E deixo-vos aqui com este post da Raquel (do Meek Sheep) sobre a sua experiência mas em terras lusas.

#I wanna travel the world
Estar a estudar fora de casa é basicamente a desculpa ideal para viajar e conhecer o mundo à nossa volta, especialmente quando nos mudamos para um outro país. Para mim viajar, ainda que a curtas distâncias, é uma mais valia e uma óptima maneira para conhecermos outras culturas. Para quem vai estudar para o estrangeiro é aproveitar logo este detalhe e ficar a conhecer as cidades em volta daquela onde estudam. E isto para além de que têm hipótese de conhecer uma cidade inteiramente nova para vocês. Agora convém é que não façam como a minha pessoa que criou imensas expectativas em relação a isto – há países em que não sai nada barato andar a viajar muito, apesar de valer sempre a pena.

#How much clothing should I pack?
Esta questão depende muito da distância a que fica a cidade para onde vão estudar e que meio de transporte é que vão usar para lá chegar. Se as distâncias forem curtas (até mesmo para quem vai estudar para o estrangeiro, por se viver perto da fronteira) e fizerem as viagens de carro ou comboio – onde não há claramente um limite de quilos por mala ou um limite de malas que podem levar – podem levar mais tralha convosco. Porém, quando as distâncias forem maiores ou tiverem de fazer as viagens sempre de avião, o melhor é optarem por levarem apenas o necessário. Primeiro porque paga-se e bem por quilos a mais na bagagem de porão – e eu bem sei do que falo porque enchi sempre demasiado a minha mala. E segundo porque quantas mais malas e quanto mais pesadas estas forem, mas dificuldade temos em movimentarmos-nos nos aeroportos e outros transportes. Nestes casos é uma boa ideia levarem convosco as roupas separadas por estacões. Por exemplo, ao irem em Setembro levem maioritariamente roupa de Inverno (especialmente se forem para uma cidade com um Inverno rigoroso), e optem por levar a maior parte da roupa de Verão na viagem de regresso depois das férias de Natal. Para quem não possa fazer esta viagem a casa, o melhor é escolher mesmo quais são as peças de roupa essenciais e levar estas consigo.

243#What not to pack
Penso que este tópico funciona melhor para quem vai estudar para o estrangeiro, ou simplesmente para universidades bastante distantes da sua cidade natal, uma vez que nem sempre é aconselhável levar toneladas de coisas connosco. Impressoras, scaners e afins até podem ser bastante úteis, mas hoje em dia todas as faculdades têm reprografias e algumas até praticam uns preços simpáticos, e com a quantidade de informação digital que é usada, cada vez menos recorre-se ao papel. Se tiverem algum destes aparelhos a mais em casa e os possam levar com vocês é capaz de compensar, de outro modo penso que não vale o transtorno que é transportá-los. E o que acabei de dizer também se aplica a utensílios de cozinha. Nestes casos, quando se vai estudar para o estrangeiro, compensa mais comprar-se estes utensílios lá, do que levá-los já desde casa.

#Make it your home away from home
Uma maneira fácil de transformarem os vossos novos quartos ou casas em espaços mais confortáveis e acolhedores é levando um pouco de vós para lá. Se tiverem sobretudo espaço para transportar uns itens extra, podem optar por levar convosco umas almofadas, uns postais ou fotografias, uns posters ou cartazes, ou quaisquer outros itens de que se lembrem que possa transmitir a sensação de que ainda estão no vosso antigo quarto.

Assim de repetente não me ocorre mais nenhum detalhe para mencionar aqui, mas não deixo de achar que me estou a esquecer de algo essencial. Por este motivo deixo este post em aberto mais quaisquer questões ou pontos de discussão acerca deste tema.

ERA: Porque é que tirar apontamentos é importante?

E não há uma sem duas. Eu sei que esta não é bem a citação que se costuma utilizar, mas até que este “trocadilho” fica aqui bem enquadrado. Se já não tinha pensado escrever o post anterior, muito menos tinha pensado neste. No entanto, depois de ter descoberto um artigo (que podem ler na integra aqui), no qual me baseei para escrever este post, decidi logo publicar algo sobre ele. A poucos dias ou semanas – isto porque não faço ideia quando é que começam as aulas para o ensino obrigatório – de as aulas começarem, nada melhor do que voltar a falar sobre um assunto importantíssimo: os apontamentos. Podem ver aqui um post que anteriormente tinha feito sobre esta questão.

Mais do que uma questão de sobrevivência no Ensino Superior, esta é uma óptima maneira de mantermos a nossa massa cinzenta a funcionar. Um dos temas que mais se discutem nas vésperas da ida para a universidade pela primeira vez é a necessidade de tirar apontamentos. Embora esta seja uma característica que basicamente apenas se associa a esta etapa académica, esta não deixa de ser uma ferramenta importante para qualquer ano escolar. No entanto, sou da opinião que pouca influência tem durante o Secundário e mesmo em anos anteriores, porque simplesmente nunca tirei grandes apontamentos em metade das disciplinas que fiz, mas honestamente quanto mais cedo tiverem este hábito, melhor será para o vosso futuro.

notes
1. O primeiro ponto, e talvez o mais essencial para quem está a estudar, é que à medida que estamos a tirar apontamentos, e até mesmo a passar as nossas notas a limpo em casa, estamos também a assimilar o que estamos a escrever. É claro que isto por si só não faz milagres, mas é já meio caminhado andado para depois ser mais fácil estudar até à altura do teste e/ou exame.

2. Tirar apontamentos ajuda-nos a memorizar. Um estudo realizado nos anos 70 demonstrou que quem tira notas frequentemente é capaz de memorizar factos durante uma semana, sete vezes mais do que quem não tira apontamentos.

3. Quem tira apontamentos é capaz de organizar melhor a informação que lhe está a ser fornecida e bases de dados. Este é um aspecto bastante necessário não só para alunos como também para gestores.

4. Quem tira apontamentos está melhor preparado para retirar informação de conferências e aulas. Estas pessoas não só conseguem distinguir a informação útil do que não interessa, como também costumam ir preparados com antecedência para estes eventos. No caso de aulas em que se saiba o que vai ser tratado, é sugerido que se prepare previamente a aula. A leitura de textos a serem analisados é uma boa técnica.

5. Tirar apontamentos requer que se tenha um sistema próprio. Embora a prática tenha um papel importantíssimo numa recolha de informação mais eficiente, também é aconselhável que se crie um sistema de abreviações próprio. Esta é uma maneira de se escrever mais em menos tempo.

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6. Momentos de quebra de concentração são péssimos para quem tira apontamentos. No entanto, estas pessoas desenvolveram a sua atenção para quaisquer momentos de pausa por parte do orador. Em situação de aulas, cada vez que um professor repete uma linha de pensamento, é de aproveitar para garantir que conseguimos transpor as suas palavras para as nossas notas. E qualquer momento de pausa é uma boa oportunidade para acabarmos de apontar o seu último argumento, por exemplo.

7. Estudantes que tiram apontamentos são mais prováveis de dependerem do seu próprio material de estudo. Mas não ficam por aqui. Conjugar os nossos apontamentos com o material fornecido pelo professor, e qualquer outro material de estudo em que consigamos pôr as nossas mãos, é uma mais valia para sermos bem sucedidos num teste e/ou exame.

8. Quem tira apontamentos torna-se num melhor leitor. Este processo de tirar notas melhora a nossa noção de “síntese”, ajuda-nos a distinguir o que é essencial do que é supérfluo. Na altura de ler centenas e centenas de páginas com texto, esta é uma vantagem que iremos querer ter do nosso lado.

9. Esta prática leva a que as pessoas mais frequentemente apontem as suas ideias diárias. Esta é uma maneira de não nos esquecermos do que pensámos numa determinada altura do dia.

10.Estudos publicados têm valorizado o processo de tirar apontamentos como um caminho para a melhoria dos nossos níveis de aprendizagem e para melhor atingirmos os nossos objectivos.

11. Por último, os nossos apontamentos são óptimas ferramentas para a criação de esquemas, como os desta imagem que, por sua vez, são óptimas ferramentas para estudarmos. O poder de síntese é bastante importante especialmente na universidade.

É de relembrar que este post foi feito com base neste artigo.

E vocês, quem é que tem por hábito tirar apontamentos nas aulas?

Especial Regresso às Aulas #2014

Este ano o Especial Regresso às Aulas começa um pouco mais cedo. Basicamente, dentro de um mês as aulas irão começar, tanto para quem ainda está no ensino obrigatório, como também para quem já está no Ensino Superior. Pelo contrário, para mim, as aulas começam exactamente daqui a três semanas (nem acredito que falta tão pouco tempo). Este já é o terceiro ano em que faço esta rubrica, pelo que penso que já abordei os principais temas, nos anos anteriores. Por este motivo, vou deixar-vos aqui os links para os posts que já foram publicados.

Ensino Secundário Geral: 1
Ensino Secundário Dicas: 1 / 2 / 3

Ensino Superior Geral: 1
Ensino Superior Dicas: 1 / 2 / 3 / 4

Métodos de estudo: 1
Testes de consulta: 1
Relatório de seminário: 1
Apontamentos: 1

Educação Física: 1
Cuidados de saúde: 1

Material escolar: 1 / 2
Organização em tempo de aulas: 1 / 2

Espero que estes posts vos sejam úteis. Há que ter em atenção que alguns destes posts foram feitos em 2012 e 2013. O que está escrito não se altera, apenas alguns pormenores. E quando falo nestes pormenores estou-me a referir aos posts que têm links para produtos específicos.

Entretanto, se tiverem alguma sugestão, é só deixarem nos comentários.

Ensino Superior: Relatório de Seminário

Hoje trago-vos um post sobre o Ensino Superior. Acho que desde o primeiro ano que não fiz mais posts sobre este assunto, mas penso que o essencial ficou retratado neles. Eu não sei até que ponto o post hoje pode ser interessante para todos os alunos universitários (ou soon-to-be), mas penso que será interessante para alguns. Como podem ver pelo título, o post de hoje é sobre os relatórios de seminário.

Eu estava a dizer que não sabia o quanto interessante podia ser este post, porque eu não faço ideia se esta é uma realidade presente em todos os cursos, ou se só está presente nalguns. A verdade é que este relatório pode ter várias designações: na minha faculdade, a cadeira correspondente denomina-se como “seminário“, daí designarmos este trabalho como relatório (ou tese ou dissertação) de seminário; noutros cursos ou faculdades pode ser totalmente diferente. O certo é que, independentemente da sua designação, este trabalho constitui-se como uma espécie de conclusão da licenciatura e como uma preparação para o que serão as teses de Mestrado, Doutoramento e afins (pelo menos, para quem as irá fazer). Porque este trabalho não é igual para todos os cursos, este post irá ser baseado na minha experiência no curso de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Por este motivo, o mais normal é que seja diferente dos vossos cursos (ou soon-to-be), mas ficam já com uma ideia geral do que vos espera.

Começando pelo início, eu suponho que este trabalho irá corresponder sempre a uma cadeira, para que possa ser avaliado e a nota faça parte do vosso currículo académico. Por um lado, pode ser só uma cadeira semestral (como por exemplo acontece no caso de Geografia). Ou por outro lado, podem ser duas cadeiras semestrais (como foi no meu caso). E depois, por um lado, pode ser a única cadeira que fazem nesse semestre (como o caso de Geografia). Ou podem, por outro lado, fazer essa cadeira em conjunto com outras, como é normal durante os outros anos. Honestamente, quem me dera que não tivesse de ter feito outras cadeiras ao mesmo tempo; é que assim tinha despachado logo isto em Maio (e não em Julho). Outro aspecto importante é o prazo de entrega do relatório. Isto é que diferencia de curso para curso. Eu penso que na maior parte dos casos, o prazo acaba quando as aulas acabam, o que na verdade é também o nosso caso. Mas no meu curso é hábito pedirmos, ao conselho académico, um prolongamento do prazo de entrega. Este prolongamento pode ser até Julho ou até Setembro (como pedimos este ano e como se tem pedido nos anteriores). Os prolongamentos são sempre aceites por isso é já quase uma garantia, pelo menos no nosso caso. Como podem ter lido, eu entreguei o meu relatório em Julho (ou seja, mês e meio antes do prazo) por motivos que me são superiores e porque o director do curso aceitou dar a minha nota mais cedo. E digo isto porque em estando o prazo estabelecido, é apenas nesse dia que se pode entregar o trabalho; nem mais tarde nem mais cedo.

dissertação
No que diz respeito ao trabalho em si, este como é óbvio difere muito, pois os cursos são demasiados únicos para haver semelhanças entre eles. No caso do curso de Arqueologia, este trabalho pode ser unicamente teórico, ou então teórico-prático (que é capaz de ser a escolha mais frequente). No caso dos trabalhos teóricos, por exemplo, um aluno pode optar por fazer um apanhado geral de determinados registos arqueológicos, numa região ou num período especifico. Eu não quero ser má (de modo algum), mas este é bem capaz de ser uma opção mais fácil, pois basicamente resume-se à recolha e análise de bibliografia. Porém, às vezes, esta recolha de bibliografia não é assim tão simples. Por sua vez, os trabalhos teórico-práticos (como eu fiz) exigem muito mais trabalho. Em primeiro lugar, há também uma recolha e uma análise de bibliografia, pois nesta área é fundamental termos bases comparativas e também para argumentar. E em segundo lugar, temos a análise de materiais arqueológicos (sejam estes cerâmica, metal, osso ou líticos – aquilo a que commumente se pode chamar pedra). Neste tipo de trabalhos temos duas situações diferentes: os alunos que têm a sorte de terem as colecções em que vão trabalhar nas suas faculdades; e os alunos que têm o azar de terem as suas colecções em museus. E este último foi o meu caso. Não que eu não achasse piada a estar a trabalhar num museu (ainda por cima no museu que era), mas passei basicamente um semestre inteiro a ver se as burocracias se despachavam. E isto já para não dizer que o museu não ficava assim tão a jeito (em termos de distância – era quase ir de uma ponta da cidade à outra). Por último, este trabalho (tal como as teses de Mestrado e afins) também tem um limite de páginas: 50 (pelo menos é assim para o meu curso). Penso que temos uma tolerância de umas 2 páginas mas é só isso. Por este motivo é que nós metemos parte do nosso relatório em anexo (estas páginas não contam para o limite), mas claro, apenas a informação adicional que não necessita de estar no corpo principal do trabalho.

Apenas para ficarem com um exemplo, eu posso falar-vos um pouco sobre o meu relatório de seminário. Como já disse acima, eu fiz um trabalho teórico-prático, o que envolveu a análise de uma colecção de 124 peças (nós não temos um limite mínimo de peças, mas penso que convém que seja mais de 50). Dependendo do estado em que está a colecção de materiais, esta análise pode também envolver a lavagem das peças, a sua marcação e inventariação. Isto para além da análise em si. Os materiais são descritos e caracterizados e, depois, é feita a recolha dos dados estatísticos, a partir dos quais se elaboram as ilações possíveis acerca da nossa colecção. Mais especificamente, no meu caso, eu estive a estudar uma colecção previamente estudada, mas apliquei-lhe uma abordagem diferente. O objectivo final era fazer uma comparação entre as duas metodologias de estudo. Eu sei que me queixei várias vezes do trabalho que isto tudo me estava a dar, mas a verdade é que andei mesmo sem força de vontade neste ano, especialmente no segundo semestre. E ainda há que acrescentar que quem faz este tipo de trabalho, em que se analisam peças, nós também as temos que desenhar (e honestamente esta parte não é nada agradável, já para não dizer que é bem demorada).

Eu penso que abordei os pontos principais, mas se tiverem alguma dúvida ou curiosidade é só deixarem na secção de comentários deste post. Como conselho para este trabalho, só vos digo que quanto mais depressa começarem a trabalhar nele, melhor é, porque quando tudo se começa a acumular, aí é que sai borrada.

ERA: métodos [ou melhor, dicas] de estudo

Como podem ter lido na barra lateral do blog, estou fora do país a trabalhar, pelo que o meu tempo disponível e o acesso à internet têm sido e ainda continuam a ser escassos. Deste modo, e como não queria deixar o blog sem um Especial Regresso às Aulas, tenho estado a re-publicar os posts que publiquei no ano passado. E, hoje trago-vos, o último deste posts. Caso tenham alguma dúvida ou alguma questão, porque entretanto vou regressar a Portugal e ter um pouco mais de tempo livre (ainda que não muito, porque ainda tenho mais umas semanas de trabalho pela frente), é só deixarem na secção de comentários ou enviarem um mail para o endereço do blog, que podem encontrar na barra lateral.

Como é habitual nos meus posts deste género, quero só deixar realçar alguns pontos antes de começar a escrever sobre o tema de hoje. Em primeiro lugar, como costumo referir, os “métodos” que aqui vou referir resultam comigo, mas isto não significa que o mesmo possa acontecer com vocês. Cada estudante é como cada qual e no momento de estudar somos todos completamente diferentes uns dos outros. Pode-se é conhecer os métodos de outras pessoas e adaptá-los a nós, criando um método totalmente novo e que é, então, eficaz para nós . Em segundo e, último lugar, eu não vou bem referir métodos de estudo. Este post irá sim incidir sobre algumas dicas para vos ajudar a melhorar o vosso estudo.


A importância do estudo
Muitos poucos são os casos de pessoas (neste caso estudantes) sobredutados, que têm uma capacidade inata e mais desenvolvida para aprenderem e raciocinarem do que o “comum dos mortais”. Não interpretem mal esta minha frase; de modo nenhum quero desvalorizar o trabalho de muitos de nós. Quero apenas realçar que não somos nenhumas máquinas, que não somos computadores e que não nascemos ensinados. Todos nós temos de aprender, como é óbivo, simplesmente uns mais do que outros.

Os conhecimentos não caem do céu como se fossem uma gotinhas de água quando chove. É preciso adquirir estes conhecimentos. Ainda que o nosso cérebro seja como que uma esponja, ou seja, que vá absorvendo várias coisas ao longo dos anos, relacionados ou não com as matérias leccionadas na escola, é importante que todos estes conhecimentos sejam bem organizados e consolidados, de modo a que sejam completamente compreendidos. E é por este motivo que é importante estudarmos. E que o façamos como deve de ser.

Motivação, força de vontade e objectivos
Antes de falar de qualquer método ou dica de estudo, tenho de realçar a importância da motivação. E, como ela, a força de vontade. Eu até diria que o primeiro factor a ter em atenção é que não devemos ver com maus olhos a escola, mas honestamente estaria a ser um tanto ou quanto hipócrita. Não retiro o valor devido a este aspecto, visto que é muito mais díficil fazer-se o que quer que seja quando estamos contrariados, no entanto, isto não é assim tão preto no branco. Eu admito que, sobretudo, no Ensino Secundário, quase nunca ia todos os dias com grande disposição para a escola. E não me interpretem mal, até porque se há coisa que eu mais adoro fazer é aprender. Mas as aulas que tinha nunca foram muito chamativas para mim; o que não se verifica agora na Universidade, visto que até estou com bastante vontade de voltar para as aulas.

O que eu quero dizer com isto é que, acima de tudo, devemos ter força de vontade, motivação e objectivos. Mesmo indo com pouca disposição para a escola, eu sabia muito bem que aquilo era importante para a obtenção dos meus objectivos: entrar no Ensino Superior, para o curso que queria e para a minha primeira opção. A motivação e a força de vontade são das coisinhas mais importantes que devemos ter. Em primeiro lugar, devemos dar mais relevâncias aos aspectos positivos do que aos negativos. Em segundo lugar, ter objectivos é óptimo para nos motivarmos a fazer algo. E deixo-vos aqui uma das melhores citações que já ouvi a este respeito: “Certifica-te de definir pequenos objectivos. E de ter também grandes objectivos. Certifica-te que tens metas elevadas de modo a estares sempre a trabalhar para algo.” by Ryan Lochte. Deste modo, estabelece-se objectivos pequenos, como por exemplo, fazer todos os trabalhos de casa (algo que muita gente deixa sempre para trás) ou ser mais interventivo nas aulas; e, ainda, estabelece objectivos mais altos, como por exemplo, obter uma média superior a 16/17 valores ou teres mais de 18 valores num teste.

Todavia, é sempre importante ter em mente as nossas próprias capacidades. Imagine-se que se tem imensa dificuldade a uma disciplina, em que só se tem negativas baixas. Querer subir, ainda que ao fim de três anos, para um 19 poderá parecer um pouco irrealista demais. Mas estabelecer uma primeira meta nos 10 valores ou até mesmo nos 12/13 valores, será algo mais atingível. Se se superar isso, obviamente, seria óptimo.

Aulas
O que vou dizer é um autêntico cliché, mas a verdade é que é absolutamente importante e essencial para ter sucesso na escola e, sobretudo, na universidade. Durante as aulas devemos saber separar os momentos de lazer daqueles em que devemos prestar atenção. Ainda que até ao Secundário os professores apenas digam, basicamente, aquilo que está escrito nos manuais, o certo é que podem sempre acrescentar algo de novo que, na altura de fazer o teste e/ou exame, pode fazer toda a diferença. E isto ainda mais se aplica no Ensino Superior, visto que as informações que os professores nos fornecem não estão, necessariamente, em livros. Nesta fase é mesmo extremamente importante prestar muita atenção às aulas.

Há professores que, entendendo que 90 minutos de aulas é demasiado tempo para muitas pessoas estarem concentradas, optam por fazer uma espécie de intervalo, no qual dá para descontrair e falar um pouco com os nossos colegas e/ou amigos. Mas como isto não acontece à maioria dos estudantes é importante compreender que as aulas são um local para se aprender e não para se conviver. Costumo ler em blogs e “sites” do género que, nas aulas, não nos devemos sentar ao pé de amigos, sob pena de sermos tentados a passar toda a aula a falar. Eu discordo totalmente. Até porque, pelo menos para mim, seria insuportável estar ao pé de alguém com quem não me daria bem. A questão não é se estamos ou não ao pé de alguém com quem falamos imenso; é sim uma questão de sabermos ter ou não uma boa postura na sala de aula. Durante os 12 anos de escola obrigatória (e mesmo agora na Universidade), sempre estive sentada ao lado das minhas melhores amigas e não era por isso que passava as aulas a falar. Podem sentar-se ao lado de quem se dão bem, mas devem ambos compreender que é nos intervalos que devem aproveitar para pôr a conversa em dia.

Em adição a estas óbvias razões, prestar atenção às aulas é um método muito importante de estudo, na medida em que faz com que parte das matérias fiquem logo “gravadas” na nossa cabeça. Este é meio caminho andado para que, quando necessário, seja bem mais fácil estudar e compreender determinada matéria. E, além do mais, seria muito mais complicado tentarem compreender algo de que nunca ouviram falar. Tomando como exemplo as aulas de Matemática… digam-me lá se não seria complicado tentarem resolver uma equação com duas variáveis, sem ter-se prestado atenção às aulas em que o(a) professor(a) explicou como é que se resolviam estas equações?

Apontamentos
Não me vou prolongar muito sobre este tópico, visto que já o retratei num post anterior (que podem ver aqui). No fundo, o que vou é reforçar a importância dos apontamentos para o estudo e o porquê de eles serem considerados um método de estudo, pelo menos para mim.

Como já vos expliquei no outro post, os apontamentos são como que um relatório daquilo que é leccionado nas aulas. Eles são, assim, uma forma importante para nos relembrarmos sobre aquilo que foi retratado nas aulas. E é pelo facto de serem um registo das aulas que fazem deles um dos métodos de estudo mais importantes. Especialmente no Ensino Superior, eles são a base do estudo, sendo que a eles, como é claro, se deve acrescentar toda uma bibliografia.

Trabalhos de casa
Não há muito que se possa dizer sobre este assunto. Os trabalhos de casa são algo muito menosprezado pelos estudantes. Eu própria admito que não fazia metade deles, que era uma seca fazê-los. Mas também sei o quão importantes eles são, o quão utéis são para aprendermos. Os trabalhos de casa não devem ser vistos como um castigo dados pelos professores; mas sim como um método de estudo, como uma forma de aprendermos.

O fazer-se trabalhos de casa, especialmente se todos os dias, ou dia sim dia não, obrigar-nos-á não só a prestar atenção nas aulas – cujas explicações são importantes para conseguirmos resolver os exercícios – como também a termos a matéria quase sempre fresca na nossa cabeça. E é uma óptima maneira para nos apercebermos, antecipadamente, onde é que temos dúvidas ou onde é que precisamos de trabalhar/praticar mais.


Dica #1
A primeira dica que quero realçar é algo que de certo já ouviram várias vezes, tanto dos vossos pais como dos vossos professores, o que não faz com que não seja super importante. Há que compreender que se deve estudar todos os dias. E, quando digo isto, não estou a dizer para estudarem que nem uns malucos todos os dias. Até pelo contrário, isso seria algo absolutamente contraprodutivo. Devem sim, estudar um pouco todos os dias. Em média umas duas horas por dia. Isto não só proporciona que a matéria se vá assimilando aos poucos na nossa cabeça, como também evita que nos sobrecarreguemos na altura dos testes e/ou exames.

Dica #2
Em conjunto com o que disse acima, devem também começar a estudar antecipadamente, para que não acumulem toda a matéria nas vésperas dos testes. Até o final do Ensino Secundário, para mim, bastava-me começar a estudar, realmente, uma semana antes de determinado teste. Agora que estou no Ensino Superior, começo a estudar “a sério” cerca de três semanas antes de um teste e, começo um pouco mais cedo ainda se tiver vários testes de seguida numa só semana. Pode parecer um exagero, mas garanto-vos que não é.

Por um lado, tem-se o factor de ser bastante a matéria, visto que as cadeiras são semestrais. Por outro lado, há professores que, quando escolhem que matéria é que sai no teste intermédio, optam por estabelecer o limite dessa matéria nas vésperas do teste. Já me ocorreu para um teste deste, sair matéria que dei na aula anterior ao dia do teste. Especialmente por este último aspecto, é que nunca devemos deixar todo para a última. Neste caso, se a restante matéria não estiver já bem assimilada, será muito complicado compreender-se todo em apenas dois ou três dias.

Dica #3
Ainda que o principal seja compreender-se, há certos tópicos em determinadas matérias que podem muito bem serem memorizados. Exemplo disso, são datas de acontecimentos histórias, nomes de autores ou investigadores, entre outros tantos. Nestes casos, há claro que compreender os seus contextos e tudo isso, mas pode-se optar por memorizar um conjunto de datas. Deste modo, podem optar por usar mnemónicas.

Em relação a isto pouco vos posso acrescentar, visto que não sinto necessidade de as usar. De qualquer forma, aquilo a que recorro algumas vezes é à minha memória fotográfica. Ou seja, por exemplo, à medida que vou estudando, vou associando determinados textos ou citações a partes específicas das folhas de apontamentos e resumos que uso. Depois, numa altura de teste e/ou exame, sabendo que me quero lembrar de qualquer tipo de informação, tento visualizar onde é que ela se encontrava. E é claro que, como qualquer método, ele é falível, visto que às vezes por mais que tente não me consigo lembrar de algo. Daí que seja importante compreendermos a máteria, para que não tenhamos que recorrer a métodos como este.

Dica #4
Esta dica já é mais referente aos alunos do Ensino Superior, uma vez que é algo que se verifica mais neste nível de ensino. Há algo para o qual se deve ir muito (mas mesmo muito) bem preparado… E isso são os testes com consulta. Muito ingenuamente, há imensos estudantes que pensam que estes testes são mais fáceis de fazer; mas é aqui que se enganam redondamente. Estes são, na verdade, dos testes mais complicados que poderão fazer na vossa vida. Em primeiro lugar, porque requer que tenham toda a bibliografia necessária com vocês durante o teste. Em segundo, estas bibliografia tem de estar muito bem organizada, caso contrário irão desperdiçar imenso tempo à procura das referências que necessitam. Em terceiro lugar, o nosso cérebro como esponja que é, tem uma grande tendência para memorizar algo que acaba de ler e transpôr exactamente o mesmo depois no papel. Nestes testes, temos de ter uma grande capacidade para nos abstrairmos disso, por assim dizer, e escrever tudo por nossas própria palavras, porque, caso contrário, estaremos a plagiar. Mas é claro, como em qualquer teste, especialmente neste, podemos fazer citações.

Dica #5
À medida que vais estudando todos os dias, podes optar por estudar mesmo aos bocados. Quero eu dizer que, em vez de todos os dias estudares a matéria do início ao fim, divide-a em partes e vai estudando à medida que os vais compreendo. Agora, quando te aproximares mesmo da semana em que tens esse teste, deves sim estudar toda a matéria por inteiro, certificando-te que fica tudo compreendido e nada é deixado para trás.

Por último, deixo-vos aqui um horário semanal para que possam ter uma ideia de como poderão organizar os vossos dias. Este horário foi quase na sua totalidade inventado, sendo que me inspirei no horário de aulas de um curso de 1º ano da minha faculdade.

Para quem não sabe, também no ano passado, eu publiquei uns quantos posts com dicas para ambos os Ensinos Secundário e Superior. Assim, deixo-vos aqui os links para estes posts: link 1, link 2, link 3, link 4, link 5, link 6, link 7 e link 8.

O que é que acharam destas dicas?

ERA: como fazer apontamentos

Como podem ver pelo título, o post de hoje vai ser sobre apontamentos, nomeadamente, como é que estes devem ser feitos. Embora seja uma coisa que muitas vezes (e erradamente) só se associa à Universidade, este também pode ser um bom trunfo para quem ainda está no Ensino Secundário e, até mesmo, nos últimos anos do Ensino Básico (isto é, 3.º ciclo). Os apontamentos não são propriamente uma coisa que tenha muito que se lhe diga. São até bastante fáceis de se fazerem. O certo é que convém ter em conta alguns pontos; pontos estes que vou mencionar aqui. Mas primeiro que isto, gostava de referir que os apontamentos devem ser feitos à nossa própria maneira, visto que cada um de nós tem os seus próprios métodos de estudo e métodos de assimilação da matéria; aspectos estes (apontamentos, métodos de estudo e métodos de assimilação da matéria) que se interligam.

A sua importância
No meu ponto de vista, este é um aspecto importante para garantir que se tem um maior número de informações quando chegar a altura em que se tem de estudar para algum teste e/ou exame. Ainda que eu fizesse poucos apontamentos enquanto frequentei o Ensino Secundário (algo que acontece com a sua frequência também na Universidade – desta vez já não no meu caso), tal como muitos outros tantos estudantes, isto não quer dizer que eles não sejam importantes e/ou úteis. Aliás, este é um factor importantíssimo para o Ensino Superior; pelo menos eu penso assim. Embora não seja a única coisa a que devemos recorrer quando temos de estudar (para isso também temos os livros, por exemplo), é sem dúvida algo que nos poderá ajudar bastante.

Independentemente do nível de escolaridade em que nos encontramos, os apontamentos são sempre úteis na medida em que nos permitem saber o que é que foi falado nas aulas. Ainda que no ensino obrigatório os professores não acrescentem quase nada para além daquilo que se encontra nos manuais e, ainda que no Ensino Superior os professores não façam referência a toda a matéria (daí a importância da bibliografia), o certo é que muitas vezes os professores podem acabar por falar em algo que não encontraremos em nenhuns livros. E se isto sair nalgum teste e/ou exame e não tivermos registado nos nossos apontamentos, são pontos certos que iremos perder. Além do mais, esta é uma boa maneira para estarmos sempre a par do que foi realmente leccionado em cada aula. Eu sei que há sempre os sumários e isso tudo, mas muitas vezes pode-se acabar por não dar tudo sobre o que foi estipulado ou acabar por dar mais qualquer coisa.

Organização dos apontamentos
Se bem que, como já referi acima, os apontamentos devem ser feitos à nossa própria maneira, visto que seremos nós a usá-los, estes devem ter uma certa organização pré-definida. Para que tenham uma maior variedade (ainda que um pouco limitada) no que diz respeito a este tópico, vou sugerir-vos dois modelos de organização dos apontamentos. Como nota, quero apenas dizer que nas aulas eu faço os meus apontamentos num caderno qualquer, geralmente um caderno para todas as cadeiras que tenho nesse semestre. Depois, em casa, é que passo tudo a limpo e guardo nos seus respectivos lugares. Neste tópico, a organização refere-se já aos apontamentos que estão (a ser) passados a limpo.

Este modelo de organização foi-me fornecido por um dos meus professores da faculdade, logo no início do ano lectivo passado. Por acaso, foi até bastante simpático da parte dele. Vou, então, passar a transcrever a legenda para a imagem.

  1. “(…) aqui deverão ser incluídas as notas de tema [ou seja, aqui podem optar por colocar o tema sobre o qual vai recair esta folha de apontamentos] – ex. papel da nobreza de toga”;
  2. “(…) aqui deverão ser incluídas notas o mais fielmente possível, seguindo o plano e a exposição da aula. (…) Questões eventualmente levantadas pelos alunos deverão [ser aqui incluídas] (…) O nr. 2 do apontamento deve conter quatro partes:
  • introdução (objectivos programáticos, unidade de ensino, a que aula se destina);
  • exposição;
  • crítica;
  • conclusão;”
  1. “a parte inferior da folha é destinada a reflexões críticas do aluno ou do professor, bibliografia suplementar, questões em aberto, etc”. [este ponto é o 3 da imagem – não sei porquê, mas isto não me deixou colocar o número 3 no início deste texto]


Como poderão ir perceber com este texto, o meu modelo de apontamentos abrange os mesmos aspectos que aquele do meu professor, que mostro acima. Eu, simplesmente, opto por um outro tipo de organização, que é me mais favorável.

No topo da página, para saber a que aula exacta é que pertencem determinados apontamentos, coloco não só a data da aula, como o seu próprio número. Não é que exista a lição nr. 1 ou 2, como nos ensinos Básico e Secundário, mas assim tenho a certeza que datei bem os meus apontamentos.

De seguida, em baixo, com uma ou duas linhas a separar, aponto o sumário da respectiva aula. Ainda que não seja como nos ensinos anteriores, em que os professores, no início ou no fim de cada aula, escreviam no quadro o sumário dessa aula, na Universidade continuam a existir sumários. A diferença é que os professores não os apresentam. Mas nós temos na mesma acesso a eles: nestes casos, os sumários são colocados na internet, no portal académico da nossa faculdade/universidade. Como penso que os sumários são feitos após terminar cada aula, estes devem corresponder na totalidade ao que foi leccionado.

Porque ao longo de uma aula se vai falando de vários tópicos (melhor dito, temas), penso que é útil colocar-se, no início, de cada texto um título. Este pode ser criado por vocês, mediante o que trata cada texto, ou podem usar algum que tenha sido fornecido pelo(a) professor(a) – isto normalmente acontece quando as aulas são dadas com base em apresentações powerpoint. Caso seja um tema que necessite ter as suas sub-divisões, devem também colocar um sub-título. Mais tarde, quando estiverem a estudar, por irem definindo os temas abordados, será-vos mais fácil encontrar algum texto específico.

Em relação ao texto, não penso que haja muito a dizer. Devo é apenas realçar que não devem fazer um texto corrido. Optem por fazer algo como eu tenho feito nestes posts. Um parágrafo para cada assunto. Usa-se mais folhas, é certo, mas assim os textos ficam mais organizados e será mais fácil para lermos. E textos demasiado corridos tornam-se cansativos, especialmente quando estamos a estudar e a nossa disposição não é das melhores.

Por último, quando os professores fazem referência a alguma bibliografia suplementar (isto porque no início do ano é nos entregue o programa da cadeira), opto por colocar os livros ou artigos no final da folha, dentro de um pequeno rectângulo, de modo a que seja realçado para que eu não me esqueça de ver o que foi sugerido. Eu apenas uso isto quando é sugerido algum tipo de bibliografia adicional.

Qualquer um dos modelos foi feito para o Ensino Superior, mas podem ser perfeitamente usados por quem ainda está nos ensinos Básico e Secundário. Nestes casos, a única coisa que penso que muda é a parte da bibliografia. Como só são usados os manuais, podem utilizar este espaço para salientar alguma informação extra dada pelo(a) professor(a), bem como de algum programa ou artigo que tenha sido falado nessa aula.

Como tirar apontamentos nas aulas?
Visto que vão estar a escrever os vossos apontamentos um tanto ou quanto à pressa, devem utilizar um caderno qualquer para os fazerem. Guardem um outro caderno ou conjunto de folhas para passarem os apontamentos a limpo. Pode-se dizer que se estão a gastar muitas folhas e isso, mas é caso para dizer “não seja por isso”, podem sempre passar os vossos apontamentos a limpo para o computador. Mas aí também irão gastar mais dinheiro, uma vez que terão de os imprimir. De qualquer modo, o próprio passar a limpo os apontamentos é um bom modo para se estudar. Esta prática fará com que o nosso cérebro absorva algumas das informações que estamos a passar.

Não há propriamente maneiras certas e erradas de tirar apontamentos. E, além do mais, cada um deverá fazer isto à sua própria maneira. Mesmo assim, posso-vos dar algumas dicas para vos ajudar.

  • para quem não está habitudado a fazer apontamentos, uma boa táctica é praticar em casa. Quero que dizer, podem ver um documentário (ou algo do género) e ao mesmo tempo que o fazem podem ir tirando apontamentos sobre o que estão a ouvir. Assim já vão com uma ideia de como é que será em ambiente de aulas;
  • têm de ser selectivos em relação ao que querem apontar, isto é, não podem querer apontar tudo (mesmo tudinho) do que ouvem. Não que não seja possível, mas terão muita dificuldade em fazê-lo. Isto até porque nem tudo o que os professores referem é assim tão importante;
  • quanto mais prática tiverem a tirar apontamentos mais fácil será fazê-lo. As primeiras vezes, nomeadamente para quem não está habituado, será complicado apontar muita coisa, mas à medida que vão ganhando experiência, eles começarão a ficar mais completos;
  • optem por usar abreviaturas sempre que possível, mas certifiquem-se que depois irão conseguir identificar todas as palavras que escreveram com base nelas. Dou-vos aqui alguns exemplos, super básicos: que (q), também (tbm), como (c/), não (ñ). Depois, podem ir arranjando abreviaturas para palavras que vão ouvido nas vossas aulas, que serão própria à realidade escolar de cada um de vós;
  • neste sentido, podem também optar por escrever palavras em outras línguas. Isto pode parecer um tanto ou quanto idiota, mas é uma questão de que qualquer método para que façamos os apontamentos mais eficazmente é sempre bem vindo, por mais parvo que pareça. E, muitas vezes, algumas palavras em línguas estrangeiras conseguem ser mais pequenas que as correspondentes em português e, assim, poupas algum tempo. Penso que isto seja mais fácil para quem já está mais habituado a fazer apontamentos e tenha uma boa facilidade a escrever em duas ou mais línguas, sem perder a sua concentração;
  • por último, caso se percam no que estão a passar ou não tenham percebido algum assunto, não hesitem em perguntar ao(à) vosso(a) professor(a) para que vos explique o tópico X melhor. É para isto que eles lá estão, para vos ajudar.

O que se pode fazer para os apontamentos ficarem mais completos?
Isto é algo que penso que muitas pessoas não façam. Não é nada absolutamente vital para os apontamentos serem melhores que outros, mas é sempre um extra. E como se costuma dizer “conhecimento não ocupa lugar”. O primeiro aspecto a realçar sobre este tópico, é que devemos ser muito selectivos em relação às fontes a que vamos buscar os nossos extras. Desde já, a wikipedia está absolutamente fora de questão – ela é apenas útil para se fazer pequenas biografias de pessoas a que se tenha feito referência nas aulas. As melhores fontes são sem dúvida artigos ou livros científicos – estes não têm necessariamente de fazer parte da bibliografia da respectiva cadeira, devem é certificar-se que a sua informação é fidedigna.

Informações extra podem ser, por exemplo, uma pequena biografia de algum(a) autor(a); um resumo de um artigo que tenha sido referenciado na aula; datas, nomes e locais relacionados com a descoberta de algo. Mediante o que estão a passar a limpo, poderão sentir ou não a necessidade de procurarem informação extra sobre o que estão escrever.

[são três imagens; infelizmente, duas delas ficam meio sobrepostas]

Espero que este post vos seja útil. O que acharam destas “dicas”? Têm por hábito fazer apontamentos?

Mochilas ou Malas – o que levar para a escola e universidade #2

Há cerca de um ano, na altura em que criei o blog, fiz um post tal e qual como este. Contudo, para mim ele não está assim tão bom, por isso decidi fazer um novo. Cada pessoa tem o seu próprio gosto e, como é óbvio gostos não se discutem, daí que o que importa em, primeiro lugar, é usares qualquer coisa de que gostes e que seja confortável, isto é, que seja facilmente “transportável” de um lado para o outro. E, além do mais não é por estarmos num determinado ano de escolaridade que temos obrigatoriamente de usar um determinado tipo de mochila ou mala: há várias raparigas que usam mochilas (como as da Eastpak) na Universidade, embora este nível de ensino seja sempre associado a malas mais femininas, diga-se assim.

No fundo, a primeira preocupação deverá ser o modo como sobrecarregamos ou não a nossa coluna e os nossos ombros. Ainda que isto seja pensado para os mais novos, no Ensino Primário, para quem está no Ensino Básico também deverá ter em atenção estes aspectos:

  • a mochila deve apenas pesar cerca de 15% do total do nosso peso;
  • os livros/cadernos maiores e mais pesados devem estar na parte detrás, ou seja, aquela que está junta às costas, sendo que os materiais mais leves e pequenos devem estar na parte da frente (e quando digo isto, não me referi aquele bolso na frente das mochilas – evitem guardar objectos de valor no mesmo, sob pena de vos serem roubados);
  • a mochila deve ser sempre usada com as duas alças, que devem estar perfeitamente ajustadas à estrutura da nossa coluna;
  • por sua vez, o fundo da mochila deve estar apoiado na curvatura da zona lombar;
  • tudo isto aplica-se também às mochilas a tiracolo, sendo que se deve ter mais atenção ao seu peso, visto que este irá recair apenas sobre um único ombro.

(informações adaptadas deste artigo)

Ensino Básico
Não me vou pronunciar aqui sobre o 1.º ciclo, pelos motivos óbivos de que corresponde a uma faixa etária que não é propriamente o público-alvo deste blog. Em relação aos 2.º e 3.º ciclos – os quais, para esta perspectiva, não considero serem assim tão disparos um do outro – há que ter em conta que se tem uma enorme quantidade de disciplina, o que equivale a uma também grande carga horária. Muitas vezes, chega-se a passar um dia inteiro na escola e a ter-se de levar connosco imensos livros, visto que se tem bem mais do que apenas duas disciplinas por dia. E o problema não se coloca aí, mas sim no facto de os livros (que às vezes são mais do que um para uma disciplina) serem pesados, especialmente quando são vários.

Para mim, levarmos os livros na mão não é uma opção, na medida em que não é propriamente só um ou dois. Visto isto, o melhor é mesmo usar mochilas, como as que podem ver na imagem abaixo. E uma vez que se tem de levar tanta coisa connosco, estas mochilas são também ideais para tal, já que são bastante espaçosas. Nestes casos não aconselho que se leve uma mochila a tiracolo (como as da última imagem), isto porque seria demasiado peso sobre um só ombro. Mesmo assim, nada vos impede de usarem uma, tenham é atenção à quantidade de materiais que vão colocar dentro da mesma.


Ensino Secundário
Neste nível de escolaridade, o número de disciplinas diminui para metade, fazendo com que a carga horária seja também bem mais pequena do que era no Ensino Básico. Por outro, é certo que também se cresceu um pouco ao longo do anos, e queremos usar algo que nos pareça menos “childish” aos nossos olhos. Contudo, isto não significa também que as mochilas assim sejam totalmente deixadas para trás. Nalgum dia em que se precise de levar mais alguma coisa, do que é normal, ou simplesmente porque gostamos mais desse estilo de mochilas, pode-se optar por mochilas a tiracolo, tanto como as da Eastpak (imagem acima) ou as da Gola (imagem abaixo).

Em relação aquilo a que se conhece pelo nome de mala, temos dois tipos:

  1. malas XL ou XXL (honestamente, não sei qual das duas definições é que se costuma usar, mas penso que vocês compreendem o que quero dizer): são uma óptima escolha se não quisermos levar nada nas mãos, uma vez que cabem lá os manuais e cadernos (e penso que um dossier também, mas em relação a isto já não tenho certezas absolutas);
  2. “purses” (no fundo, malas mais pequenas): são uma boa opção se não nos incomodar o facto de levarmos nas mãos o/s caderno/s e os livros nas mãos, ou apenas uns deles.

Pessoalmente, eu usava um caderno (daqueles com divisórias de que vos falei neste post), que levava na mão, juntamente com os livros das disciplinas dos dia (no máximo dos máximos, eram 3 livros que, na realidade, não chegavam a pesar muito pois, havia disciplinas cujos manuais se dividiam em 3 livros fininhos, diminuindo assim o peso em cada um deles). E, deste modo, a mala que eu levava era uma pequena, onde tinha um estojo, os meus documentos e as restantes coisinhas que como mulheres temos nas nossas malas. Por outro lado, num dia em que precisa-se de levar mais alguma coisa – como o equipamento para Ed. Física que, como eram só umas calças e uma camisola – eu acabava por levar uma mala maior onde me coubesse tudo: caderno, livros, equipamento, estojo, documentos e mais umas cosinhas.

Ensino Superior
Tal como no Secundário, também aqui temos muito menos disciplinas por semana e a carga horária, para a maior parte dos cursos, é mais pequena do que era no Básico. Estamos mais crescidas e, temos tendência a deixar para trás, por completo, as mochilas que tanto usávamos nos primeiros níveis de escolaridade. Se bem que, em muitas faculdade, há um ambiente mais descontraído – diga-se assim – e há quem continue a usar mochilas, sejam as tradicionais de duas alças ou as a tiracolo.

Por sua vez, quem opta por usar malas, geralmente não usa outra coisa, até porque não se tem de levar quase nada para as aulas. Não há livros/manuais obrigatórios, ainda que hajam as suas excepções, como o curso de Direito, pelo que um caderno para tirar apontamentos é quanto nos basta. Num dia em que seja necessário levar livros, sebentas, apontamentos ou até mesmo um portátil, as malas XL ou XXL são uma boa opção, tal como as malas a tiracolo.

Eu, como não preciso de levar nem livros nem sebentas (honestamente, nada mesmo) para as aulas, uso só malas. Levo comigo um caderno para tirar apontamentos (compro sempre um em tamanho A5 para caber facilmente em qualquer mala), um estojo (super pequeno, visto que me basta uma caneta, um/a lápis/lapiseira e uma borracha) e, depois, tudo o que normalmente se leva numa mala. E, apesar de não levar quase nada comigo, uso tanto malas pequenas como das grandes: torna-se mais uma escolha de que mala é que fica bem com o conjunto e, não tanto, que mala é que suporta melhor o peso de coisas que tenho de levar hoje comigo. Quando quero levar livros comigo, ou levo uma mala maior ou levo-os na mão.


Acharam este post útil? Que tipo de mochila/mala estão a pensar usar este ano lectivo?

ERA: Material Escolar

Como podem ver pelo título deste post, hoje vou falar-vos sobre o material escolar para este novo ano lectivo. Não só irei referir que tipo de materiais é que necessitam, mas também como poderão poupar algum dinheiro, tal como me foi pedido. Honestamente, isto vai ser algo interessante de escrever, porque se há coisa com que não me preocupo desde as férias antes do meu 10.º ano (que já foi há 4 anos) é o material escolar – se tiver que comprar alguma coisa é geralmente ou cadernos ou folhas e canetas.

Este post terá apenas dois tópicos (ao contrários dos anteriores), mas irei aprofundar o mais que puder sobre cada um dos seus sub-tópicos. Embora os Ensinos Secundário e Superior difiram bastante entre si, no que diz respeito ao material a usar não há grandes diferenças a salientar, daí que este post enquadra-se bem em ambos os níveis de escolaridade. Embora, no final do post refira alguns passos para se poupar dinheiro na comprar destes materiais, abaixo, dou-vos já algumas sugestões de materiais acessíveis.

O que é necessário?

  • afia *
  • agenda: como disse no post anterior, as agendas podem ser umas boas aliadas na nossa organização. Tendo em conta que elas são todas iguais e têm todas o mesmo fim, não é necessário ter uma que seja de uma marca mais cara (como a Moleskine). Exemplos como este e este são mais do suficientes, pelo menos no meu ponto de vista.
  • agrafador *
  • borracha *
  • cadernos: [em relação ao Ensino Secundário] como diminui para metade (mais ou menos) o número de disciplinas do Ensino Básico para o Secundário, o uso de cadernos torna-se mais viável nesta altura. Do 10.º ao 12.º anos usei sempre cadernos. E, para não andar com vários, optei por comprar daqueles cadernos que vêem já com divisórias. Como é um tipo de caderno que poucas vezes se vê à venda, eu acabei por comprar uns quantos, da Ambar, para todo o Secundário, no Continente. Não faço ideia se ainda estão à venda, porque não consigo encontrar nada na loja online, mas penso que este – da staples – seja do mesmo género (infelizmente no site não dá para ver muito bem os produtos). Estes cadernos são uma boa opção para quem escreva pouco nas aulas. Agora, para quem escreve muito e, queira utilizar cadernos, o melhor é mesmo comprar vários como este ou este. [em relação ao Ensino Superior] na Universidade continuo a utilizar cadernos. Para as aulas, levo apenas um caderno A5 (do género deste) para tirar apontamentos, já que estes são pequenos e cabem mais facilmente numa mala do que se fosse um caderno A4. Faço os resumos e passo a limpo os apontamentos, depois, para folhas soltas que organizo num dossier.
  • calculadora: para os alunos de Matemática A, Matemática B e Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS), logo no 10.º ano, vai ser necessário adquirirem uma calculadora gráfica [não sei se isto também se aplica aos alunos de Geometria Descritiva]. O problema é que estas calculadoras são muito caras (como podem ver por esta, que é a que tenho), mas o certo é que precisamos mesmo (mesmo) delas para estas disciplinas. Há três cenários possíveis: (1) faz-se um enorme esforço e comprar-se, dentro daquelas que são aceites para se usarem nos exames, a que for mais barata (porque, acreditem que todas fazem o mesmo – as “mariquices” que uma possa ter a mais são irrelevantes); (2) compra-se a alguém que venda por um preço mais acessível; (3) conhece-se alguém que tem uma e que nos possa emprestar. Este até é um problema, que com mais ou menos facilidade, se ultrapassa. O outro que, infelizmente, se coloca – neste caso só aos alunos de MACS – é que só precisamos de usar as este tipo de calculadora no 11.º ano.
  • canetas *
  • canetas de cor *
  • capas: para quem opte utilizar cadernos, ao invés de um dossier, vai precisar ou de pastas (como esta) ou de capas (como esta) para guardar folhas soltas, testes ou documentos para cada disciplina. Para além deste aspecto, este tipo de “arquivo” permite que possas andar com estas folhas sempre contigo.
  • capa protectora para forrar os livros *
  • clips *
  • cola *
  • corrector *
  • dicionários: embora não seja algo que se utilize no dia-a-dia, dá sempre jeito ter um bom dicionário em casa. Suponho que com toda a coisa do novo acordo ortográfico [com o qual, por acaso, não concordo nem um bocadinho], um novo dicionário de Português dê jeito, mal que não seja para saber como é que algumas palavras se passaram a escrever – isto, claro, para quem quer ou é “obrigado” a escrever com o novo acordo ortográfico. Para além deste tipo, ter um dicionário bilingual é aconselhado a quem tenha línguas estrangeiras como disciplinas, tanto no Básico como no Secundário. Em relação ao Ensino Superior, estes segundo género de dicionários também será bastante útil porque há uma pequenas percentagem de cursos, cuja bibliografia é, em mais de 70% das vezes, em línguas que não o português.
  • dossier: eu aconselho, para quem ainda esteja no Ensino Básico a utilizar um dossier; eu usei um até ao 9.º ano. Em relação aos cadernos, tem a vantagem de podermos levar os separadores de todas as disciplinas que quisermos connosco, num só síto. E, pelo menos para mim, isto é um bom factor, na medida em que no Básico temos várias disciplinas num mesmo dia e, andar com vários cadernos não me parece uma boa opção. Até para o Secundário é uma boa opção, se assim quiserem. E até porque há que se organize melhor se usar um dossier.
  • estojo *
  • folhas *
  • furador *
  • lápis *
  • lapiseira *
  • marcadores *
  • micas *
  • mochilha: irei me debruçar em relação à questão de se usar ou mochila ou mala num próximo post. Qualquer pergunta sobre este tema é só colocarem.
  • post-it’s: os post-it’s são uma boa ajuda para quando nos queremos lembrar de alguma coisa. É só arranjar um, escrever do que nos queremos lembrar ou do que temos para fazer, e colar nalgum sítio em que seja facilmente visível – bem melhor do que andarmos a escrevinhar nas nossas mãos. Em relação a este sub-tópico, queria referir aquilo que segundo o Continente se chama de “dispensador”. Estou a falar destes pequenos papéis adevisos. Eu gosto bastante deles porque são óptimos para marcarem passagens e páginas importantes em livros.
  • régua *
  • separadores *
  • tesoura *

* não escrevi nada sobre estes materiais porque penso que sejam os mais básicos de todos, sobre os quais não há nada necessariamente relevante a mencionar. Além do mais, são materiais que se compram a bons preços em sítios como o Continente e a Staples.

Como poupar dinheiro?

  • antes de falar propriamente em como se pode poupar na altura de fazer as compras para os materiais escolares, penso que seja importante referir este pormenor. Para mim, algo que a sociedade de hoje em dia devia compreender é que não se deve poupar só porque se está num período de austeridade, deve-se poupar sim em todas as ocasiões porque, em certos elementos, torna-se idiota (peço desculpa pelo termo) gastar toneladas de dinheiro. É claro que em certas ocasiões, nomeadamente médicas, se se poder gastar mais nalgum tratamento que seja melhor, é óbvio que aí não se vai pensar em poupança nenhuma, por exemplo. Além do mais, com a grande quantidade de dinheiro que já se gasta, todos os anos lectivos, com os livros escolares, convém que a conta do material escolar não seja assim tão elevada.
  • o primeiro passo para se poupar no material escolar é utilizar o que já se tem de anos anteriores. Antes do início de cada ano lectivo, na altura em que fores comprar os materiais, deves fazer um revisão a todo o material que te sobrou dos anos anteriores: o que estiver estragado é, claro, vai para o lixo; mas o que ainda estiver em boas condições, aproveitar para usar e poupar uns quantos euros. E a ideia de se ter, todos os anos, materiais novos é disparatada.
  • um segundo passo, é comprar em superfícies comerciais mais baratas, como o Continente e a Staples. Os materiais são de boa qualidade e a preços acessíveis. Isto faz-me lembrar que achei piada a uma reportagem que a RTP (se não me engano) fez sobre a compra de materiais escolares. Falavam eles de dificuldades financeiras para comprar o que era necessário e que no final das compras a conta era bastante alta; honestamente, terem ido fazer a reportagem para o El Corte Inglês não admira que tenham chegado a essa conclusão. É que lá as coisas não são propriamente ao desbarato.
  • por sua vez, normalmente no que diz respeito a canetas, lápis e borrachas, por exemplo, torna-se mais económico comprar o pack. E para além disso, evita-se que se estejas sempre a comprar estes materiais todos os anos.
  • outra ideia que se deve ter em mente é que não importa se a caneta ou borracha é de marca; o que realmente interessa é que funcione. Comprar algum material de uma “marca branca” acaba por ficar, incrivelmente, muito mais barato. Veja-se o caso das canetas de cor da marca UniBall e de uma marca barata – a Bic: enquanto que um conjunto de 6 canetas da primeira custa 8,99€, um conjunto de 8 canetas da segunda custa 1,99€. Como podem ver a diferença é muita [estes preços são praticados no Continente].
  • por último, por exemplo, em termos de cadernos, pode-se comprar daqueles mais simples, de capa preta, poupando-se dinheiro. E, depois, personalizando-os conseguimos tornar os nossos cadernos em cadernos completamente únicos e originais. Deixo-vos este, este e este vídeo como sugestões para personalizarem os vossos cadernos.

 O que é que acharam deste post?

ERA: Organização em tempo de aulas

Para além da própria força de vontade (sempre necessária) e, claro, do estudo, deve-se garantir, logo desde o início de cada ano lectivo, que nos manteremos organizados. Não só o espaço onde estudamos, mas acima de todo, a organização de todas as nossas tarefas. Uma das principais causas – pelo menos do meu ponto de vista – para se começar a ter algum insucesso escolar é a desorganização. Não só acabamos por perder a conta aos trabalhos que temos para fazer, como também começamos a ter pouco tempo para estudarmos. Chega-se a um ponto em que a pressão é demasiada e, temos de deixar algumas coisas para trás de modo a aliviá-la. Um certo nível de pressão e stress não faz mal a nínguem (falarei disto mais à frente), mas em demasia é que não. É como que uma avalanche: um passo em falso e nunca mais conseguimos travar esta onda. É certo que isto também não é assim tão literal, mas é para terem uma ideia geral de como é necessária a organização. E é ainda mais importante quando chegarem à Universidade, sobretudo porque a quantidade de trabalhos e a exigência, no mínimo, duplicam.

Penso que o modo como eu organizei os posts sobre o Ensino Superior resultou, por isso, também estes posts vão ser organizados do mesmo modo, ou seja, à base de tópicos. E, do mesmo modo que disse isto naqueles posts, volto a repetí-lo aqui: tudo o que aqui como que aconselho é baseado na minha experiência. Estes métodos resultaram (e ainda resultam) comigo, mas o mesmo pode não acontecer com vocês. Por isso, podem ir experimentando métodos diferentes até encontrarem um que realmente funcione.


Quando começar
Do meu ponto de vista, devemos começar a organizar-nos desde o início do ano. Não vou dizer desde o primeiro dia de aulas – porque nessa altura ainda só temos conhecimento do horário e pouco mais -, mas talvez, desde a primeira/segunda semana de aulas, numa altura em que os professores já começam a pedir trabalhos. E, além do mais, quanto mais cedo começarmos a organizar-nos, menos probabilidades temos de acumular imensas tarefas em períodos de curta duração.

Para quem vai para a Universidade, neste caso talvez aconselhe a que se organize desde o início. E digo isto porque logo na primeira/segunda aula, por norma, os professores ao apresentarem os programas das suas cadeiras, dizem-nos que trabalhos é que temos de fazer e que livros é que temos de ler e, por mais que não pareça, alguns prazos chegam bem mais depressa do que podemos imaginar.

E esta não deve ser a única altura em que devemos tirar um tempinho para organizarmos a nossa mente em relação às tarefas que temos de fazer. Aliás, sempre que aparece alguma mudança nos  horários devemos voltar a re-organizar tudo (irei explicar isto melhor mais abaixo).

No fundo, aquilo que vos quero transmitir é que não devem deixar tudo isto para a última hora, quando estão já sobrecarregadas com imensos trabalhos e testes. Há que aproveitar o início de aulas quando ainda não se tem nada para fazer. E, além do mais, se realmente organizarmos o nosso tempo, de certo que conseguimos arranjar tempo para fazer as mil e uma coisas de que gostamos e que nada ou pouco têm a ver com a escola/universidade.

Agenda
Eu própria não uso uma agenda, mas devo admitir que deve dar o seu jeito. Do que aqui vou falar esta é a única coisa que realmente não utilizo. No entanto, acho que sou capaz de vir a usar uma: quanto mais maneiras tiver de me organizar melhor, penso eu.

Uma agenda é uma óptima ajuda para o dia-a-dia, uma vez que nos permite planear até ao último pormenor o que temos para fazer num determinado dia. Para além disso, é útil para marcares, entre outras coisas, as datas dos testes e das entregas de trabalhos, bem como visitas de estudo ou outras actividades relacionadas com a escola/universidade e, quaisquer outros compromissos extra-curriculares que possas ter.

A nível do dia-a-dia, o que eu costumo é fazer, logo no ínicio do respectivo dia (ou no final da véspera), planear o que vou fazer. Isto é uma boa ajuda, uma vez que nos podem surgir tarefas à última hora (de que não tinhamos conhecimento prévio) e que sejam precisas de fazer no momento. Imaginemos que se tinha, por exemplo, de fazer 3 tarefas das 15h às 20h, mas que entretanto nos foi pedido para fazer algo nessa mesma tarde. Para garantir que fica tudo feito a horas convém planear o dia. Assim, dependendo de cada tarefa, atribui-se um período de tempo no qual elas sejam feitas, tendo sempre em conta que devemos fazer intervalos.

Horário semanal
Como complemento de uma agenda, podem criar o vosso próprio horário ou plano semanal (como este aqui). No fundo, não passa de um plano mais aprofundado do nosso horário escolar. Dos três tipos de planos que apresento, este é aquele que mais uso. Funciona do mesmo modo que um plano diário, mas é mais abrangente já que incorpora toda a semana, e não apenas um único dia.

Esta é uma boa maneira para organizarem as vossas semanas, já que permite que estabeleçam o que querem fazer com o vosso tempo livre – ou seja, o tempo em que não têm aulas. Há é que ter em atenção que por ser tempo livre não significa que é para estarmos de cu para o ar, a não fazer nada. Este tempo deve ser, sim, organizado: períodos para realmente descansarmos, períodos para estudarmos e períodos para fazermos actividades extra-curriculares, como algum desporto, por exemplo.

Para quem ainda anda na escola, isto é, Ensinos Básico e Secundário, não penso que seja necessário modificar este plano após ter sido elaborado no início do ano lectivo. Agora, para quem frequenta o Ensino Superior, talvez seja uma boa ideia ir modificando este plano. Isto porque podemos ir participar/ajudar nalguma conferência – o que não acontece de todo em todas as semanas – ou podemos ter alguma outra actividade académica que não seja habitual. Com isto, quero dizer que, no final ou no início de cada semana, deve-se elaborar um novo plano semanal quando algo muda nas nossas tarefas.

Horário mensal
Como podem ver neste exemplo, este tipo de horário já não tem muito a ver com os anteriores. De certo modo, até se pode dizer que ele é abrangente demais. Mas, a verdade é que este tipo de plano é usado para outros fins.

A principal (e talvez única) função deste horário é para se marcar as datas dos testes e das entregas de trabalho. É certo que já se fez isso na agenda, mas nestes planos consegue-se ter uma visão mais alargada das datas. Deste modo, pode-se calcular quanto tempo é que se tem entre cada teste, entre cada entrega de trabalho e entre testes e entregas de trabalho. É uma boa maneira de planearmos quanto tempo é que devemos “dispensar” para cada tarefa.


Trabalhos de casa
Não sou propriamente a melhor pessoa para falar neste tópico; devo admitir que sempre me desleixei em relação aos trabalhos de casa, especialmente no Secundário. Contudo, sei o valor deles. Não só convém serem feitos porque é uma parte da nossa avaliação (e há professores que andam com um caderno atrás para apontar quem faz ou não e isso depois reverte-se bem na nota  final), como elas são uma boa ajuda no que diz respeito à melhor compreensão das matérias que são leccionadas em cada disciplina.

Devem reservar, sempre que possível, após as aulas de cada dia, um período de 1h a 2h para fazerem os vossos trabalhos de casa. Não só ficam logo despachados, como ainda estão com a matéria fresca nas vossas cabeças, o que faz com que mais depressa e facilmente façam os trabalhos de casa.

Para quem está na Universidade, esta é uma realidade que já não vai conhecer. E se tal acontecer, de certo que é algo absolutamente esporádico. Por isso, é útil ocupar este espaço de tempo para se passar a limpo os apontamentos ou para preparar o próximo dia de aulas.

Trabalhos de investigação
Como o tema deste post é a organização, não vos vou dizer como fazer um trabalho, mas sim como se devem organizar para garantirem que tudo está feito até ao prazo da sua entrega.

Num dia, preferencialmente pouco tempo depois de saberem que têm um trabalho para fazer, devem seguir os seguintes passos:

  • o primeiro passo é assinar a data de entrega num plano mais geral, para se ter uma ideia de quanto tempo se tem até lá;
  • o segundo passo é decidir que tema é que queremos abordar. É certo que esta não é propriamente uma realidade muito presente na nossa vida escolar, visto que muitos professores no Secundário preferem serem eles a ditar tudo e mais alguma coisa; no entanto, para quem está na Universidade, o tema cabe sempre ao aluno decidir;
  • o terceiro passo é delinear o plano do trabalho, ou seja, devem definir quais os tópicos sobre os quais querem escrever, tentando organizá-los num plano lógico. Muitas vezes (ou talvez sempre), os professores na universidade vão pedir para que entreguemos este plano. Este é capaz de ter algumas variantes porque cada professor tem os seus métodos, por isso convém que ele esclareça bem o que quer que seja apresentado nesse plano.

Com tudo isto bem definido, devem começar a pensar que tipo de bibliografia é que querem utilizar – sendo que a internet (ou seja, a wikipédia) deve ser usada como um último recurso – e onde é que a poderão encontrar. Como nem toda a informação se terá em casa e como se deve analisar com atenção toda a bibliografia que vamos utilizar, é bom que nos organizemos para que se tenha tempo de fazer tudo. Uma boa estratégia (especialmente se estivermos no Ensino Superior) é começar a fazer o trabalho o mais cedo possível, aproveitando enquanto não se têm de estudar para testes e/ou frequências.

Trabalhos de grupo
Para os trabalhos de grupo, a organização é a mesma que a para os trabalhos que são feitos individualmente. O único aspecto que quero aqui acrescentar é que, como são vários os elementos a fazer o mesmo trabalho, tem-se de ter atenção que cada um tem as suas vidas, ou seja, que se tem de ter tudo muito bem organizado para que possam estar todos presentes (ao mesmo tempo) para fazerem o trabalho. Isto porque um trabalho de grupo não siginifca dividir os tópicos, cada um faz o seu e depois junta-se tudo. Pode resultar nalguns casos, mas não é algo muito frequente.

Para se tornar mais fácil, no ínicio, pode-se sim dividir as pesquisas pelos vários elementos do grupo. Cada um pesquisa sobre determinado tópico e, depois, junta-se toda a informação encontrada. Aí é que, em grupo, decidem o que é importante do que não é, por exemplo. Como não são vocês a mandarem em todo o trabalho e não o poderão fazer quando quiserem e bem vos apetecer, porque é um trabalho de grupo devem garantir que todos estão satisfeitos com as datas que se estabelecem para fazerem o trabalho.

Pressão induzida
Como eu já mencionei no início do post, uma certa pressão e um certo stress não faz mal a ninguém. Aliás, muitas pessoas trabalham bem sobre pressão (eu por acaso sou uma dessas pessoas). Mas como também referi, pressão a mais é que não, especialmente porque não nos faz nada bem à saúde.

Com isto da pressão induzida, como o nome o quer dizer, eu estou-me a referir uma pressão que somos nós próprios a criar. E isto é, por acaso, um dos métodos que mais utilizo para garantir que os meus trabalhos são feitos a tempo e horas, e que não ando feita maluca a acabá-los à última hora. No fundo, o que eu faço é criar um prazo de entrega do trabalho fictício (e antes da verdadeira data de entrega) e tento garantir que termino o trabalho até esse prazo.

Dito isto, imaginemos que no dia 1 de Outubro vos é dito para fazer um determinado trabalho, que deve ser entregue até dia 3 de Dezembro. Equacionando que nessa altura haverá uma considerável quantidade de testes e outros trabalhos para entregar, estabeleço como prazo fictício o dia 23 de Novembro. Assim, teria-se 8 semanas para fazer o trabalho, garantindo que duas semanas antes do verdadeiro prazo ele estava totalmente feito. Dependendo da complexidade do trabalho e dos outros prazos, podem estabelecer prazos mais ou menos curtos.

Se bem que eu penso nisto tudo no início de cada ano, a verdade é que acabo por não me organizar assim tanto (pelo menos não tanto como queria, porque lá no fundo acabo por fazer tudo). Contudo, agora que vou começar o segundo ano e estou decidida a aumentar em mais de 1 valor a minha média (em relação à que tive no primeiro ano), tenho mesmo de ser muito bem organizada.

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