This is it… the moment I’ve been waiting for

quote 2
A quinta-feira passada foi o meu último dia de aulas, não só deste ano, como também da minha licenciatura. Por isso, posso dizer que já estou, teoricamente, de férias. Só não são férias na prática porque ainda tenho de passar pela época de frequências de Junho e, acima de tudo, ainda tenho de entregar o meu relatório de seminário no início de Julho (o que ainda me está e irá dar muitas dores de cabeça). O post de hoje, apesar de ser no mesmo modelo que os meus posts da rubrica – “desabafo“, vai acabar por ser uma espécie de retrospectiva dos meus três anos na Universidade.

Começando pelas partes positivas… Bem, melhor dito é mesmo uma única parte positiva – o facto de ter estado a fazer um curso na minha área de paixão. E pronto, é isso mesmo, o único aspecto positivo que eu retiro de toda esta experiência.

Das partes negativas, já há muito mais pano para mangas. De um modo generalista, infelizmente, porque para mim isto não é uma coisa boa, os meus três anos na Universidade foram igualzinhos aos meus três anos no Secundário. Isto não é uma boa coisa para mim porque foram três anos que também não correram assim tão bem. No 10º ano e no 1º ano do curso, parece que entrei num mudo novo, em que tudo parecia uma maravilha. E realmente até que ambos os anos correram assim bem. Depois chegou o 11º ano e o 2º ano do curso, e toda esta maravilha começou a desvanecer aos poucos, porque comecei a ver o que é que a “casa gasta” e estes não eram (e continuam a não ser) aspectos positivos. E, por fim, cheguei ao 12º ano e ao 3º ano do curso e já nada tem piada, realmente entendi que nunca houve maravilha nenhuma e acabei é só por querer que esta porcaria acabasse de uma vez por todas. Estes sentimentos revoltam-me porque o suposto era gostarmos destes três anos e, apesar dos bons momentos proporcionados, realmente não gostei a 100% desta experiência. A verdade é que os bons momentos que tive também nunca estiveram directamente relacionados com a universidade/curso. No entanto, o que uma das minhas melhores amigas me disse também é bastante verdade: tal como quando estava no Secundário, rapidamente comecei a ficar aborrecida com tudo à minha volta – as disciplinas, os meus colegas e muitos dos meus professores. E foi exactamente isso que me aconteceu quando comecei o 2º ano: aqui também cedo me fartei de umas quantas cadeiras (embora algumas tenham sido uma agradável surpresa), da grande maioria dos meus colegas (quer os do meu ano, como os do ano acima ou abaixo) e, essencialmente, de muitos dos meus professores (abençoados sejam as pouquíssimas excepções). Sinceramente, foram mais as vezes que senti que estava dentro de um “lobby” financeiro do que numa instituição universitária. E isto já para não falar do quão péssimo a minha faculdade funciona – mas este é um mal que todos nós, que andamos lá, sofremos.

Porém, é claro que, no final, nem tudo é mau. Eu continuo bastante contente porque fiz um curso que sempre quis e isto é (e será sempre) o meu sonho, mas estes foram mais três anos (a somar aos três anos do Secundário) de tortura mental/psicológica. Honestamente, só quero mesmo que esta etapa acabe para poder dar início a outra, que espero solenemente que me corra muito melhor.

No entanto, tudo isto tem uma parte cómica (bem pelo menos para mim): entre desistentes, desaparecidos, pessoas que chumbaram sucessivamente e quem esteja a fazer as cadeiras aos poucos porque é trabalhador, o meu ano começou com 40 alunos mas já só restamos uns 13-14 e, destes, apenas uns 8-9 vão acabar a licenciatura este ano. Não sei como é que é com os outros cursos, mas isto deve ser um novo recorde ou assim. E ainda mais giro é pensar que, destes cerca de 10 alunos que vão acabar este ano, muito provavelmente apenas 1 irá para o Mestrado. Eu adorava ser uma mosca para em Setembro/Outubro ver a cara dos meus profs. quando se aperceberem disto. Vão ficar com um “melão” gigante, como se costuma dizer. Mas honestamente só me apetece dizer-lhes – “é bem feita que é para aprenderem“.