Random | Living in France

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Dois estágios em dois anos separados garantiram-me dois meses e meio a viver em França. É claro que estes meses não chegam para se tirarem grandes conclusões, mas até que são suficientes para se formarem umas quantas ilações. Eu já tinha descoberto o post a que fiz print screen (a imagem acima) há uns largos meses se não mesmo há mais de um ano. E agora que o voltei a descobrir no meio das dezenas de links que tenho nos favoritos, achei que era uma óptima altura para o comentar, pelo meio dos posts que tenho estado a publicar sobre a minha última estadia em França. Como disse acima, dois meses e meio podem não ser suficientes para estes comentários, mas há que acrescentar que esta já foi a sétima vez que fui a França. O que quero dizer é que esta realidade e o país não me são totalmente alienígenas.

Juntando o primeiro e último pontos… Não, o país não é mais civilizado do que nós mas é sem dúvida melhor do que o nosso. E nessa perspectiva passa-nos a léguas. A questão aqui não é a sociedade, que basicamente não diferente nos pontos mais gerais no Mediterrâneo Europeu, mas sim o país em si. Por mais problemas que tenham, é bastante claro que um está em bem piores lençóis do que o outro.

Juntando os pontos dois e quatro… Pois… Essa é uma característica dos países do Mediterrâneo Europeu. Há que admitir que os cinco países mediterrâneos não são propriamente conhecidos por serem os ases da limpeza. Se bem que nesta “falta de higiene” ninguém supera os italianos.

O ponto três… Lamento informar mas essa é uma falha que se verifica em todos os países. Emigrante de onde quer que seja e para onde quer que vá acaba sempre por se dar primeiro com os seus, quer sejam emigrantes do mesmo país ou de outro. É claro que há excepções mas esses são basicamente os casos que se podem designar como “excepções que confirmam a regra”. Entrar numa nova realidade não é a coisa mais fácil do mundo, por isso nesta situações as pessoas agarram-se ao que lhes é mais próximo ou familiar ou que está numa situação semelhante.

Em relação ao ponto quatro o meu comentário é apenas: “E…” Isso acontece em todo o lado. Há produtos mais baratos e caros aqui e ali. No Reino Unido, por exemplo, os produtos de higiene pessoal são mais baratos. É isso que torna o país mais convidativo? Nos Países Baixos, por exemplo, os transportes públicos são mais caros. É isso que torna o país menos convidativo? Não e não para ambos. Há que ter em conta que isto de dizer que os preços são mais caros não significa nada, pois estes são todos países cujos ordenados mínimos quase que atingem o triplo do ordenado mínimo nacional.

As críticas sobre o clima são sempre os mais hilariantes (ponto seis). Chove mais? Provavelmente. Mesmo no Verão? Sim e não há absolutamente problema nenhum com isso. Muito vento? Pois… Esperem até viverem nos Países Baixos para saberem o que são tempestades de vento a sério. Quase sempre frio? Pois é normal. À medida que nos afastamos do Equador essa costuma ser a norma. Honestamente trocava este deserto por algo com mais vegetação.

Andar a pé é espectacular porque é tudo plano” (ponto 7) HAHAHAHAHAH LOL Esta é sem dúvida a melhor piada que ouvi (bem que li, neste caso) nos últimos dias. França? Plana? Essa está boa porque França de plana é que não tem nada. Plano são os Países Baixos e a Bélgica. Só por curiosidade, o ponto mais alto nos Países Baixos é em Vaalserberg, que fica a uns míseros 322 metros de altitude. Até a nossa pequena Serra de Sintra é mais elevada.

(ponto 8) Não sei bem qual é a relevância deste ponto porque trabalham-se o mesmo número de horas, mais minuto menos minuto. Eu diria que a questão não é o tempo de trabalho, mas sim a capacidade de organização dos indivíduos.

Os pontos nove e dez são bastante relativos. As crianças são crianças em qualquer lado do mundo. Mais barulhentas ou não, crianças irão ser sempre crianças. E o ponto dez é um bocado do tipo “wtf?”.

Por último, o ponto onze… Pois em colégios privados também se andam com roupas mais formais. Isso faz desses alunos mais do que os restantes? Se calhar devíamos era usar todos a mesma coisa para não haver tantos juízos de valor acerca do que é que vestimos ou não.

Cirque de Gavarnie
A sociedade francesa não é propriamente a coisa mais apelativa para mim, mas não teria quaisquer problemas em viver em França. Com algum custo superava-se a barreira de língua, ou se calhar com menos custo do que uma pessoa possa pensar. E o mesmo digo para a sociedade. Isto porque por mais que eles o neguem, eles são um país tão mediterrâneo como Portugal, Espanha, Itália e Grécia. Aliás se há alguém que tem motivos para questionar semelhante categorização somos nós porque não há nem uma mini-légua do Mediterrâneo a banhar Portugal (x). No entanto, esta designação nada tem a ver com as fronteiras do mar. Com centenas de defeitos ou não – até porque não há país nenhum que seja completamente perfeito – a verdade é que França vai avançando e nós cada vez ficamos a ver mais navios.

6 thoughts on “Random | Living in France

  1. Cátia Reis says:

    Olá querida, tudo bem? Já tinha ouvido falar dos maus hábitos higiénicos em França, mas o que raios fazem eles com as baguetes? Sempre ouvi defeitos, mas nunca percebi bem essa história…
    Em relação ao filme, não seria qualquer actor que se penduraria num avião. Ele é meio doido, temos de admitir ahahah. Beijinhos.

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