Acesso ao Ensino Superior no Estrangeiro

Como podem ver em muitas reportagens que têm vindo a ser realizadas pelos nossos canais televisivos (RTP e SIC), cada vez mais estudantes optam por ir estudar para o estrangeiro. Os casos mais conhecidos são dos alunos de Medicina que, fruto das altas médias de entrada nas Universidades nacionais, escolhem Universidades espanholas, como a de Salamanca, para tirarem o seu curso. Neste caso, estes estudantes vão para Espanha pois as médias de entrada são mais baixas do que cá. Mas nem todos os motivos para se ir estudar para o estrangeiro se resumem à maior facilidade em entrar para a universidade.
Como é obvio, nem todos os cursos são dados em Portugal. Alguém que queira estudar XXX terá que ir para o estrangeiro ou então optar por outro curso que esteja disponível cá. Na minha própria experiência, estudar no estrangeiro possibilitar-te-á a abertura de novos horizontes académicos e profissionais. Possibilitar-te-á a entrada em Universidades Mundiais prestigiadas para fazeres tanto o Mestrado como o Doutoramente; prossibilitar-te-á mais oportunidades de emprego, que não encontras em Portugal, uma vez que cá o número de desempregrados licenciados é cada vez maior. É basicamente como estar em ERASMUS durante 3 ou mais anos, dependendo da duração do teu curso. E para além de tudo isto, tens ainda a oportunidade de conheceres novas culturas.

Para perceberes melhor do que estou a falar, vou falar-vos sobre o que me fez candidatar para o estrangeiro:

  • em primeiro lugar, candidatei-me para 5 universidades do Reino Unido (e quando falo de Reino Unido é mesmo Reino Unido, não unicamente Inglaterra) para o curso de Arqueologia (University of Aberdeen, na Escócia; Cardiff University, no País de Gales; University of Exeter, University of Newcastle e University of Sheffield, em Inglaterra). Todas elas deram-me ofertas, fui aceite pelas minhas duas escolhas finais e optei pela Cardiff University
  • em segundo lugar, desde que andava no 5.º ou 6º. ano que sempre soube o que queria seguir e sempre tive consciência que é uma profissão que tem poucas oportunidades de emprego em Portugal. Como não sabia que nos podiamos candidatar para outros países, nunca tinha pensado nessa perspectiva, até me aperceber que estudantes estrangeiros podiam candidatar-se para o Reino Unido. Deste modo, comecei a pesquisar desde o 10.º ano sobre como funcionava o acesso ao Ensino Superior deles
  • em terceiro lugar, os motivos que me fizeram querer candidatar para o estrangeiro: 1.º, a falta de oportunidades de emprego; 2.º, o facto de se fazerem poucos trabalhos de investigação em arqueologia, que é aquilo que mais me fascina nesta área; 3.º, o Governo Britânico dá bastante ênfase ao passado histórico do Homem; 4.º, os cursos no Reino Unido têm bastantes ‘disciplinas’ relacionadas com Pré-História e Antropologia, o que cá não acontece pois 97% das ‘disciplinas’ dos cursos nacionais concentram-se apenas na influência romana e islâmica; 5.º, no Reino Unido dão-nos a possibilidade de estudar duas áreas ao mesmo tempo, o que cá também não acontece; 6.º, as Universidades do Reino Unido estão bastante viradas para a investigação, que como já disse, é uma das partes que mais gosto; 7.º, estando já a estudar no Reino Unido, torna-se mais simples uma candidatura para mestrado numa das Universidades mais prestigiados do Mundo.

Nota: Embora em Espanha as médias de entrada possam ser mais baixas que em Portugal, como é óbvio, a entrada para a Universidade em alguns países é bem mais exigente do que cá. Mas não te deixes influenciar por isto. Se realmente é no estrangeiro que queres estudar, só deves é empenhar-te ao máximo para atingires o teu sonho/objectivo.

Uma vez que cada país tem o seu próprio processo de entrada na Universidade, que são sempre bastante diferentes do nosso, deves pensar nesta possibilidade o mais cedo possíve. É claro que muitas pessoas nem no 12.º ano têm a certeza do que querem fazer com as duas vidas a nível académico, mas para quem já no 8.º, 9.º e 10.º anos já tenha a certeza do que quer estudar na Universidade esta é uma óptima altura para pesquisarem mais sobre este assunto.
Em Portugal nós só nos candidatamos para a Universidade a partir de alguns dias depois da publicação das notas dos exames nacionais, enquanto que para o Reino Unido, por exemplo, temos que nos candidatar nos primeiros meses do 12.º ano.

Como disse logo no primeiro post, quando criei este blog pensei em fazer alguns posts sobre o acesso ao Ensino Superior no Reino Unido. Contudo, não tenho tido muito tempo para os fazer e porque vou começar em breve as aulas, temo não ter tempo para fazer esses posts em conjunto com os que já tenho programados para colocar, uma vez que as aulas vão exigir muitas mais horas do meu tempo livre.

Edifício principal da Cardiff University

Assim, gostaria de saber se alguém está interessado em saber mais sobre o aceso ao Ensino Superior no Reino Unido? Caso queiram saber mais alguma coisa, deixem um comentário neste post ou mandem um e-mail para fashionskribo@live.com

5 thoughts on “Acesso ao Ensino Superior no Estrangeiro

  1. Gonçalo says:

    Boas. Eu tambem gostava de estudar em inglaterra, e para isso tenho andado a ver e conhecer algumas universidades. Onde é que eu posso saber as médias de cada curso nas universidades britanicas?

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    • Maria says:

      No Reino Unido, as universidades não aceitam, por assim dizer, os alunos com base em médias. O que vais encontrar nos sites das universidades britânicas é algo como isto “A*AA” ou “ABB” ou “ABC”. A entrada no Reino Unido funciona à base das notas individuais que se obtém nas três disciplinas do Ensino Secundário. Contudo, para os alunos estrangeiros (ou seja, que vêm de fora do Reino Unido), as universidades têm em consideração como funcionam os nossos sistemas de ensino. No nosso caso, eles irão acabar por pedir uma determinada média do Secundário (como acontece no nosso próprio sistema). Se algumas universidades disponibilizam que tipo de média é que pediriam a um aluno portugûes, a verdade é que a grande maioria delas não especifica tais valores, o que torna um pouco complicado saber o que nos seria pedido. Espero que isto tenha servido de ajuda.

      O sistema de candidatura ao Reino Unido pode parecer um bocado confuso (visto que é muito diferente do nosso), por isso se precisares de ajuda podes enviar as tuas dúvidas para o mail do blog, até porque é mais fácil responder por lá: fashionskribo@live.com

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    • Maria says:

      Olá! O primeiro ponto essencial para a candidatura, é que esta é feita sensivelmente um ano antes de queremos iniciar a licenciatura. Logo, o processo de candidatura terá de começar quando acaba o nosso ano lectivo do 11º ano. Segundo ponto… Este website (a partir do qual se faz a candidatura) tem todas as informações necessárias para o processo – http://www.ucas.com/

      Mas para o caso de teres mais dúvidas, podes deixá-las aqui no blog.

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